Gera Gato

Pelada de Rua, õ esse minino oi, eu era mei dizajeitado, e ficava meio de fora das brincadeiras né! Na rua da casa de Padindô, jogava uma bolinha todo final do dia, veja só, era Zé Caparato, Gene Mariolhão (Filho de Nivaldo Baiano), Jeferson perna de alicate ( Filho de Edmazinho) Gil de Nên da padaria, Decão, Tim véi, Vandinho de Toninho enfermeiro, Nenén, Ton e Genecy de Padindô, Monêgo, os fi de Pedro Macarrão e outros mais.

Era uma vadiação muito legal me deu saudade, veja só era a brincadeira "Bobinho" E tirava no par ou impa, ficou sendo o bobinho Gera Gato; Gil tocou a bola pra Nenén, Nenén tocou pra Lé de Biano, pega daqui pega dali, tocou pra Gene de Nivaldo baiano, eita peste, Gene deu uma bicudona na bola e a bola caiu dentro do quintal da padaria de Nen, e ele mesmo o "Gene" correu pra pegar a bola, demorava uns 10 minutos pra achar essa bola, e jogava de volta, e a vadiação tornava alui novamente, quando menos esperava, eita , de novo, mas dessa vez foi o Geferson, chutou a bola e correu pra buscar, e nesse vai e vem de bola, toda hora, o Tal de Beivindo já estava desconfiado e ficou escondido próximo ao forno da padaria, mas rapaz, esse tal de bicudão que eles davam na bola e o mesmo corria para buscar era pra catar uns bolinhos de forma, quando foi descoberto, rsrsrs nunca mais essa dupla vei vadiar na rua.

Mas a brincadeira continuou, mas sentimos a falta de Gera Gato que era viciado na brincadeira, quando num belo final de dia, dispois de muitos dia estavam todos jogando bola e deparamos com um fuzuê na casa de Socorro Viana, foi por isso que saiu o tal apelido de Gera Gato, estava tomando banho a Socorro e em cima do telhado estava o Garoto, mas foi por pouco que ele ia passar ileso, quando Socorro descobriu que tinha alguma coisa errada em cima do telhado, e gritou, mas rapaz, esse garoto deu umas miadas lá em cima, rsrsrs"miau,miau,miau,miau" mas não deu certo não, quando viu que a coisa desandou, tentou correr, e só escutamos o barulhão, "BRRRRRAAÁÁÁÁ.... bunnnmmm ink, o garoto vazou a telha a baixo e caiu dentro do escritório de Zé Pereira, ta aí o sentido do seu apelido 'Gera Gato" aí rapaz esse garoto tomou um rumo qui até antonte não voltou... Eita lugar eím?

Enviada por: Enviada por: Bode Zé


         De carona

Ói esses minino, hehehe, eu e meu amigo Alfredo, nóis gostava de tomar umas né, cumeçamo no buteco de Deduca, lá pras banda de cima, aí cumeçamo a dar as nossas vorta né, dessemo pra tomar uma no bar de Gilvencim, e passamo perto de uma casa, lá tinha uma muvuca de gente né e todo mundo naquela gritaiera toda, aí nois paramo né e eu resolvi priguntá né, vinha um camarada de palitó e soltei a pregunta, \"O que qui tá acontecendo aí?\" o Camarada respondeu \" é Jesus que está operando, ai rapaz o Alfredo tomou de conta do assunto e falou pelo jeito ele não usa anestesia, pois ói a gritaiera.

Pois bem, cheguemo no buteco de Gilvencim e começamo abeber e fiquei mei brabo já fui jogando cadeira pra cima, aí chegou o delegado Zeca dentista e foi me prender né, \"Vou ti prender rapaz\", ocê tá fazendo bagunça, falei ééé, ô sinhô me prende pruque tô bêbo, mas amanhã eu sarei e sai da cadeia, agora o siô não, o dia que eu ti prender o siô não sai mais nunca, rapaz, o degolado olhou pra mim e preguntou \"quem é você cabra\", uai sô eu sou o coveiro da cidade. Hehehehe

Aí rapaz eu e Alfredão tomemo rumo lá pro buteco de Zé de Laura, começamo a tomar todas lá né, e caia no chão, quando eu levantava eu ficava amolando todo mundo, pidino pinga um pidino piga outro e aí ia né, bibia travéis e muecava no chão, aí rapaz Zé de Laura foi infezano com aquilo, passou uma caminhonete dum fazendeiro lá, hehehe, \"Pega esse bêbo e bota dentro desse carro e solta ele daqui uns 40 km, aí juntaram uns 3 lá me pegou e me jogou nessa caminhonete né, e viajaram, andou uns 25 km aí passando berando um ranchinho lá na beira da estrada, tinha uns mininim sujo e buchudim, o motorista falou vamo largar esse bêbo aqui mesmo, o outro disse vamo, aí rapaz, quando eles tava naquela labuta pra me tirar do carro, o minino correu pras banda de dento do rancho gritando a mãe, Mãe, Mãe Pai pai ta chic chegou foi de caminhonete hoje, hehehehe bêbo tem sorte né!!! Dispois conto outa...

Enviada por: Bode Zé


         Noite no Hotel

Era início dos anos dos anos 70. Um amigo bastante conhecido de todos do município veio \"fazer\" o curso de admissão na cidade.

O danado hospedou-se no Hotel Montalvânia... A sua primeira (e única) noite no hotel foi dramática... O nosso amigo não estava habituado com a energia elétrica, pois a dita não existia nos distritos (mesmo naqueles mais desenvolvidos)... O cara bebeu muita água antes de dormir... Lá pela meia noite, tudo escuro e o nosso amigo sem ter noção da localização do banheiro (mictório), encontrava-se numa situação aflitiva, bastante apertado e morrendo de vontade de tirar a água do joelho... Não conseguiu, sequer, localizar o interruptor para acender a luz.... A coisa foi apertando, apertando, apertando... até que o rapaz, não aguentando mais, virou-se para a parede e deu aquela aliviada (no espaço entre a cama e a parede).

Dormiu tranquilo. Levantou-se despreocupado pela manhão... O sujeito não suspeitava que o piso de cimento queimado (vermelhão) não absorvia o líquido derramado.

Quando Dona Mocinha (mãe de Doutor) foi arrumar o quarto deparou-se com aquela poça dágua salgada. Não deu outra: determinou sua imediata saída do hotel... O nosso amigo, cabisbaixo e envergonhado, foi hospedar-se na casa de Diomendes (aquela localizada bem na frente da casa de Euclides de Rafael).

Enviada por: Gordo


         Fernando de Noronha

Reza a lenda que em Montalvânia, existe uma certa senhorita que tem um forte hábito de criar certas inverdades, para não chamar de mentiras. Ai vai uma das mais fortes dessa figura ilustre da nossa cidade.

Certa vez sentada numa roda de amigos em um bar da nossa querida Praça Cristo Rei, surgiu o assunto sobre praias brasileiras que são belas, como de praxe citaram várias até chegarem a Fernando de Noronha, qual é a peça fundamental dessa história. Ao falarem desse famoso arquipélago totalmente isolado da costa brasileira, uma das pessoas que estavam na mesa disse que gostaria muito de conhecer o local, eis que nossa conterrânea disse já ter passeado por lá em sua lua de mel, papo vai, papo vem, nossa amiga começa a contar sobre a sua experiência nesse local paradisíaco, a primeira aventura relatada foi um passeio de CAVALO MARINHO que disse ter realizado. Todos já incrédulos com o que se passava nessa fantasia de pequena sereia, ela pergunta ao interessado a conhecer o arquipélago qual o meio de transporte será o escolhido por ele para chegar ao destino, aconselhando-o a não ir de carro, pois a estrada estava em péssimo estado de conservação. Dá para acreditar???!!!

Enviada por: Tõe D'agua


         O conquistador

Quem conhece Montes Claros há muito tempo, deve lembrar-se do "Choppão". Pois é... Aquele bar-boate localizado numa esquina, em frente ao hotel Santa Cruz (local de hospedagem dos fazendeiros mais abastados do Norte de Minas).

Pois é...Por volta de 1974/75 aquele estabelecimento bombava, com música ao vivo, muitas mulheres bonitas e, de forma muito disfarçada, travestis... Foi nesse período que ocorreu o fato curioso que narrarei a seguir, protagonizado por um famoso (à época) fazendeiro de importante distrito de Montalvânia... O nosso personagem, ostentando sua C10 branca novinha, gostava de, em suas viagens à Moc, ficar em frente ao Choppão, à noite, balançando a chave do seu veículo (era o chique para os fazendeiros) objetivando sensibilizar e conquistar as donzelas que faziam ponto naquele estabelecimento... O nosso amigo, numa dessas exibições, conseguiu atrair e conquistar uma bela "moça".

Foi amor à primeira vista... O conquistador, todo orgulhoso com a bela presa, não tomou as precauções que um homem casado deve utilizar nesses momentos. Pelo contrário, fez questão de exibir, de forma ostensiva o seu troféu. Estava inebriado e envolto em pensamentos eróticos.

Não tinha cabeça para se ater a pequenos detalhes. Eles eram insignificantes naquele momento de triunfo. Esse foi o erro... Trocados os galanteios iniciais, o feliz fazendeiro fez o tradicional convite para uma noitada num motel.

O convite foi aceito sem pestanejar. O nosso amigo, todo prosa, dirigiu-se imediatamente ao motel. Lá chegando, partiu para o ataque sem cerimônias. Abraçando e beijando a donzela, foi logo apalpando as "DIFERENÇAS".

Para sua surpresa e pavor, encontrou apenas "COINCIDÊNCIAS". Tratava-se de um travesti... Vocês devem imaginar o furdunço ocorrido. Houve catiripapo, rabo-de-arraia, pernada, raquetada, etc... O pior de tudo foi a preocupação com a divulgação do fato na imprensa. Parece que conseguiram abafar.

A partir desse dia o nosso Dom Juam passou a tomar mais cuidado com as suas conquistas...

Enviada por: Gordo


Table of Contents