Mão de vaca

Mineiro tem a fama de \'mão fechada\'.Acho que não são todos. Pelo menos eu sou mão... Aberta...! Mas conta se que nos anos 70, um senhor por nome de Mauricio, família dos pereiras esteve por estas bandas a procura de tratamento de um mal que o perseguia por anos.

Com muita pechincha conseguiu em um hospital, aqui em Goiânia uma consulta quase de graça. Porem como o medico suspeitou de ua doença rara e meia emcubada que só teria um diagnostico correto através de vários exames, envia o a laboratorio para fazer-los o mais urgente os quais ficaram muito caros, mas tinha que fazer... Se não...! Mas como o senhor Jesus estava dando uma maozinha pra este cidadão, aconteceu o milagre.

O medico ficou surpreso, pois os exames deram negativos. Ao ser informado o Sr Mauricio ficou furioso e começou discutir com o medico mais ou menos assim: -Dr,eu não acredito que o senhor mande eu fazer tantos exames,agora vem me dizer que eu não tenho nada? -Eu gastei um absurdo Dr! Tive que vender minha pareia de boi tão mancinho,pra interar o dinheiro! - Dr.

Você vai ter que devolver parte deste dinheiro! Este camarada deu um trabalhão para que o meu tio o tirasse da idéia de ter o dindin de volta. Segundo informações ai das canoas, este individuo onde mora, ta vivinho e tem uns boizinhos, mas com essa mauduragem tem que ter mesmo.

Enviada por: Enviada por: Santos


         Pavio comprido

Quem conheceu o Sr. Osório Marinho deve lembrar-se da sua fama de mão fechada em relação aos dinheiros.

Parece que tinha uma moto-serra (ligada) ou uma ninhada de escorpiões dentro do bolso. Contava-se, à boca miúda, algumas estórias acerca do seu extremo rigor nos desembolsos de numerário.

Uma delas é a seguinte, do início dos anos 70: ...O velho, todos os dias, tinha que visitar sua fazenda, indo de carro até a sede, localizada às margens do rio Cochá, logo após o "deságuo" (foz) do rio Poçãozinho.

O motorista ia, de manhã, fulo da vida, ao posto de Chico Reis para pegar a cota diária de gasolina (APENAS DOIS LITROS). Abastecia a Picape Willys e "rumava" para a fazenda, acompanhado do Sr. Osório.

O veículo não podia passar um metro além da sede da fazenda, ficando o dia inteiro na sombra de uma árvore, localizada em frente a casa-sede. O retorno, no final da tarde, era dramático para o motorista.

O veículo, mesmo o motorista tendo utilizado todas as banguelas possíveis e imagináveis, insistia em acabar a gasolina (todos os dias) na ladeira em frente ao hospital de Dr. José. Sempre que isso ocorria, o Sr. Ozório, prontamente, enfiava a mão no bolso e sacava o seu famoso "BINGA" para espremer o pavio no carburador do veículo, afirmando que o líquido precioso existente naquele instrumento "riscante" e "fogante" era suficiente para completar a viagem de regresso.

Sobrava sempre para o motorista que tinha que bater canela, do hospital ao posto de Chico Reis, para pegar mais MEIO LITRO de combustível e completar o percurso.

O coitado ia ruminando e pensando na repetição certeira do dilema no dia seguinte, pois o Sr. Osório teimava em não elevar a cota (matutina, diária, de todas as manhãs) de combustível para, pelo menos DOIS LITROS E MEIO.

Enviada por: Gordo


         Parquinho de um jogo só

Gostaria aqui de relembrar algumas historias de infância entre outras que pretendo postar começarei com uma que envolve a pessoa que mantem este site belíssimo para que possamos encurtar as distancia dos amigos qual seja "Tim Reskala" o Reskala adquiriu depois não sei como.

Bem, tive a oportunidade de viver minha infância ai em Montalvânia e como todos que tem sua historia com esta bela cidade, nos seus contos diz que sua época foi a melhor, por isso acho que a minha época foi a melhor. Morava próximo da praça de esportes antes o campão de MTV.

Bons tempos e ali próximo como visinho morava uma família que no seu berço familiar contava com TIM, CIDO e o mais vivido que nós SITHONY, mas Tim e Cido meus amigos , meus colegas Cido um pouco mais pela idade próxima e porque eramos colegas de escola, Tim menor que nós porem sempre em nosso convívio, entre outros contos, de bola, de raia, de pião, de banho no rio cocha escondido da mãe, lembro-me de um parquinho que se instalou em uma area próximo ao campo, era nossa diversão ficávamos lá o dia todo e tinha um joguinho que era o preferido nosso, umas latinhas com dinheiro ou papeis de bombons em baixo delas e para ganhar bastava laçar a latinha com uma argola que comprávamos do parquinho, era o maximo, mas o parquinho foi embora e ai entra Tim "Reskala" na historia, talvez nem se lembre, mas em minha memória tal acontecimento é vivo até hoje, eis que Tim o menorzinho de nós inventou seu próprio parquinho alias uma parte dele aquela parte que todos nós adorávamos, ele arrumou então algumas pilhas de radio arrumou algumas argolinhas feitas de arame e embaixo das pilhas colocou carteiras de cigarro vazias e dobradas como forma de dinheiro cada uma com seu valor salvo engano, Arizona 5, Continental 10, Hilton 50, e assim quanto mais difícil a carteira de cigarro lógico correspondia um valor maior, e tudo acontecendo ali na area de sua casa, e nós jogadores restava percorrer Montalvânia inteirinha atrás de carteiras de cigarro para jogar no parquinho de um jogo só do pequeno-grande Tim, penso cá com meus botões se não estaria ai a primeira grande façanha desse que hoje nos permite dialogar desta forma com este site. Parabéns garoto você é demais saudades de você e do Cido meu irmão, meu colega, meu visinho e hoje sumido. Um grande abraço.

Enviada por: Madson Veiga


         Bolinhas de gude

Este fato aconteceu mais ou menos em 1970. Sem modéstia eu era um eximo jogador de bola de gude. Era o \'cara\'. Ganhava de todo mundo.

No dia deste acontecimento alem de inspirado, estava com vontade de encher uma meia de bola de gude, novinhas bem azulzinhas. Comecei lá pras bandas da casa de Mero, próximo ao campão de futebol. Fui subindo a rua e rapelando todos os moleques e logo atingi meu objetivo: Enchi a meia. Só com bolinhas novas, umas verdes outras azuis com listinhas brancas... Lindas. Confesso, neste dia deixei a molecada a uds. UDS significava a ultima.

Eu morava próximo á feira antiga, perto de João Caetano, na Rua Homero. Mas ai dei bobeira e entrei numa gelada, pois devido minha grande sorte neste dia desconheci a habilidade de um grande jogador da voz; Zé Bidú.

Como ele ficou sabendo que eu tinha ganhado muitas bolas novas, chegou em casa e propôs fazer uns joguinhos, lógico apostado. Falei: Zé eu tenho só bolinhas novas e eu só vejo você com cascabulho, ai ele bateu no bolso da calça curta, que usava. Realmente as bolinhas de Ze bidú, elem de novas, devido ao peso amostrava tipo saquinho roscava sua cocha empoeirada.

Começamos jogar paredão, mas não podia acreditar: a sorte sumiu das minhas mãos habilidosas e só dava Zé. Até eu perder a ultima bola. Ai foi quando vei o inesperado: O Zé Biu deu um grito,\"irra, rapelei, rapelei, rapelei... Ai eu não enxerguei mais nada, fiquei com tanta raiva que peguei o Zé pelo pescoço, quase enforquei o meu amigo... Oh Zé desculpe! Aonde você anda? Que saudade.

Enviada por: Pedro


         Mustela Putorius Furos

Minhas andanças ao antanho trouxeram-me, mais uma vez, a vívida lembrança de uma das mais espetaculares personagens de minha Montalvânia querida e pacata. Ele personificava o glamour e a beleza dos heróis do Monte Olimpo. Com certeza ao se vislumbrar imagem, detestava tudo que não fosse espelho. Narciso. O cara.

Nossa personagem era um homem. Moreno homem descendente do povo de Kam. Seu cabelo encaracolado, era de um negror ferrenho. (Se fosse cearense, um belo poeta das épocas de engenho descreveria suas madeixas como... Negras como as asas da graúna...). A cabeça? Ora, a cabeça era pequena. Melhor... Era enormemente... Absurdamente... Pequena. Isso mesmo uma cabecinha. Já os olhos!!! Bem, os olhos de nossa personagem eram cor de folha seca. Porém, grandes, rasgados, parecendo duas grandes amêndoas.

O nariz. Que nariz. Abastado nariz. Duas grandes aberturas davam-lhe a graça e jaça que realmente se lhe parecia. Duas belas fossas nasais nasciam da confluência superior advindas dos sombrolhos. Era uma coisa o nariz de nosso querido amigo. Agora os lábios. Bem, o melhor é chamarmos aquilo de beiços. Isso mesmo. Quatro grandes beiços. O superior, dividido em duas partes e o posterior, também se dividia em dois. Nossa personagem assim, pois, em função de tamanhos lábios (lábios???) detinhas afinal seu epíteto... JOAQUIM BEICIM. Grande Joaquim Beicim. Gordo, moreno, sem camisa, vestido uma velha e surrada bermuda de cor marrom, agarrada por meio de uma corda à cintura (cintura?) sustentava aquela enorme barriga que descia sobre o cós dando-lhe o aspecto de gordo. A voz tonitroante, meio aguda, fanfarreava a venda de carne.

Fazia uma bela algazarra no mercado de Montalvânia. o Açougue do Joaquim ficava quase que em frente ao quiosque de meu pai, que nós chamávamos de venda. Beicim era a festa do mercado. Mexia com todo mundo. Os que mais sofriam suas piadas eram, pela ordem: Biruá, Gornope, Cila, Zebedeu, Topadinha, Seu Zuza, Caifás, Rebolado, Nenzão, Leônidas Preto, Seu Tõe, e toda gambazada ou tiuzada do local. Ele se dizia, apesar do corpanzil, grande jogador. Belo zagueiro. Jogava no time de Poções. Assim, num dia festivo em nossa querida e pacata cidade interiorana, peleja disputada entre o time do Ginásio contra o time de Poções, no qual era o zagueiro de área, nossa personagem saudosa. Soprou a latinha o árbitro ao início da batalha. Primeiro chute na bola, Zé Bodim, craque do time ginasiano, do meio de campo, acertou a pelota num grande balão.

A redonda subiu aos ares e foi em direção ao Grande Zagueiro. É minha... É minha... Gritava aos berros Beicim. É minha, pode deixar. Armou a pontaria, era o último homem da zaga. Atrás dele apenas o goleiro. Ninguém mais.

Enviada por: Cid Olímpio


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