História

Meu  Tio  Bisavô  e  o  Pote  de  Ouro



Meu bisavô, um dos pioneiros de Montalvania, chegou por estas bandas, no final do século XIX. Aquele mesmo que já contei a história que saiu do Gerais São Felipe. Na Barra conseguiu muitas coisas, inclusive casar e ter uma família enorme.

Dessa filharada destaco o meu tio bisavô, por nome de Tomaz. Tomaz era o mais velho, por isso achava de direito saber de tudo, inclusive dos segredos que meu bisavô trazia por debaixo de sete chaves.

Nesta época corria se o boato que meu bisavô tinha uma pedra de ouro em formato de rapadura enterrada dentro de um pote em algum lugar da fazenda. Porem meu bisavô não revelava pra ninguém onde estaria sua fortuna e meu tio-bisavô ficava até acamado de curiosidade.

O tempo passa, todo mudo já crescido e por fim a falecimento de meu bisavô. Então meu tio-bisavô entra em ação, na surdina atrás da fortuna. Chega a conclusão que o minério estava enterrado exatamente em algum lugar dentro da casa. Casa grande com repartimentos feito de adobo. Por onde começar? E como? Se a casa sempre lotada de gente! Naquela época só existia o povoado de Poções e tinham anunciado uma grande festa chamada de missão, onde havia casamentos, batismo e outros embrolios religiosos. Ah! Pensou meu tio-avo-Esta é a minha grande oportunidade de procurar meu tesouro.

Chegando o dia da missão, primeiro domingo de maio, levanta bem cedo minha bisavó e acorda o pessoal para se arrumar, porem meu tio-bisavô, procurou uma desculpa e não fez parte da comitiva.

Sozinho começou a esburacar todos os lugares possíveis dentro da casa. Interior da casa de terra batida não era tão difícil escavar. Não sei se ele encontrou sua fortuna, mas minha bisavó ao retornar ficou estarrecida ao encontrar sua casa toda esburacada mais parecendo um queijo suíço.

Enviada por: Pedro